domingo, 8 de maio de 2011

Tecnologia e Produção de Bebidas

Produção de Refrigerantes

Refrigerante é uma bebida não alcoólica, carbonatada, com  alto poder refrescante encontrada em diversos sabores.
A produção de refrigerantes emprega quantidades significativas de água, açúcar cristal, CO2 para
carbonatação, além de diversos aditivos como conservantes (EX.: sorbato de potássio e benzoato de sódio), estabilizantes, acidulantes, corantes, essências (guaraná, cola, limão, laranja, tutti-frutti ), entre outros.
O processo de fabricação é feito sem qualquer contato manual e sob rigoroso controle de qualidade durante todas as etapas.
Segue os detalhes de cada etapa da produção!


PRODUÇÃO DE XAROPE SIMPLES
Consiste na dissolução de açúcar cristalino em água isenta de cloro, deve ser potável, com
médias concentrações de íons Ca+. Aquecido a temperaturas padrões para que ocorra essa
dissolução.
O xarope é tratado com carvão ativado, que por adsorção remove compostos responsáveis
por paladares e odores estranhos e reduz a cor desse xarope. Ele é armazenado em tanques esterilizados a vapor, e um filtro microbiológico evita a entrada de ar.


PRODUÇÃO DO XAROPE FINAL
É tudo que vai dar o refrigerante final: o gosto, o sabor, aroma, doçura, etc. Contêm o xarope simples mais matérias-primas (exceto os adjuntos).
Também chamado de "xarope simples", essa etapa é feita em tanques de aço inoxidável, equipados com agitador, de forma a garantir a perfeita homogeneização dos componentes e evitar a admissão de ar. A adição dos ingredientes deve ocorrer de forma lenta e cuidadosa e de acordo com a sequência estabelecida na formulação. O conservante é o primeiro componente a ser adicionado. Em caso de
adição após o acidulante, forma-se uma floculação irreversível (o benzoato de sódio precipita). A adição do antioxidante ocorre minutos antes da adição do concentrado. Concluídas as adições, mantém-se o agitador ligado por 15 minutos. Ao final, retira-se uma amostra para as análises microbiológicas e físico-químicas (como turbidez, acidez e dosagem de açúcar ou edulcorante). Somente após essas análises, o xarope pode ser liberado para o envasamento . A preparação do xarope composto para bebidas do tipo diet ocorre em tanques específicos para tal. Elas possuem baixa susceptibilidade à
contaminação por microrganismos por não conter açúcares.

CARBONATACÃO

Generalidades: atóxico, incolor;
Águas para carbonatação: sem muita dureza;
Desaerada: para tirar O2, não gerar oxidação e desenvolvimento microbiológico aeróbio.
Pode ser feito de duas maneiras:
a) Uso de temperatura alta., o escape do gás é alta, baixa pressão. Não é usado pois é caro (aquece e resfria).
b) Aumento o teor de CO2 .Usando gás de outro gás de grande afinidade (ex. CO2 na água e O2 escapa). Porque é 2000 vezes maior a afinidade do CO2 com água que 02. Coloca-se muito
CO2 para tirar pouco O2.
Isto é feito no carbonatador. Após resfria-se a H20 para fazer com que CO2 tenha maior afinidade (quanto mais frio, maior a afinidade e mais gostoso é o refrigerante).
Temperatura de 6 ºC é a temperatura ideal da água para entrada no carbonatador, evita o escapamento do CO2 estéril (sem microorganismos, dureza baixa e sem cloro); CO2 acidifica, dar sabor picante (gosto ácido).

PRINCÍPIOS DA CARBONATAÇÃO

a) Purgas: eliminar o gás contaminante - 02
b) Tubulação de água carbonatada deve ser de aço INOX
c) Causas do mau funcionamento:
# trabalhar com água muito quente
# válvula com problemas, o CO2 não consegue penetrar tanto na água
· PREMIX: Mistura do xarope final com água gelada. Tem um mecanismo que regula o brix, a
entrada do xarope e H20. E tudo controlado. Está pronto para carbonatar. E um método mais
eficiente.
 
ENCHIMENTO E LACRE DAS GARRAFAS (PET)

- Consumo de CO2 (cuidado pois é invisível, tem odor de amêndoas/leve);
- Perda de CO2 na enchedora Pode perder muito (é muito caro);
- Lacradoras automáticas: data de validade;
- Rupturas das garrafas no enchimento. Pode romper pela pressão do gás e por falha na embalagem PET, que é devido ao sopramento irregular (não é uniforme) é poroso (perde gás).

Legislação: DECRETO Nº 2.314, DE 4 DE SETEMBRO DE 1997 que Regulamenta a Lei nº 8.918, de 14
de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas.



FONTE: CETESB-SP; Palha,  AmBev, 2005; Vicenzi - UNIJUI.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fluxogramas de Produção de Cerveja

(cont. Tabelas)




Tecnologia e Produção de Bebidas

Cerveja
(Regulamentada pelo Decreto 2314 de 4 de Setembro de 1997)

É a bebida não destilada obtida de fermentação alcoólica do mosto (extrato
aquoso com açúcares resultantes da transformação enzimática do amido), mediante leveduras
selecionadas, com teor alcoólico variável de 3 a 8 %.

Tipos de Cervejas:
ALE: De origem inglesa através de fermentação superficial ou alta, sendo comuns as
cervejas claras, leves e com sabor forte de lúpulo, teor alcoólico de 4 a 8 ºGL, temperatura e
duração de fermentação 20 a 25 ºC/ 2 a 5 dias e armazenadas a temperatura de 4,5 a 8 ºC
Ex. deste tipo: Porter; Stout; Trasppiste
LAGER: De origem alemã, significando “armazém”, indicando que esta cerveja passa por
um período de 1 a 2 meses em armazenamento (maturação) a baixas temperaturas (0ºC), para que se
torne mais brilhante e desenvolva seus aromas típicos. De sabor suave, leve com teor alcoólico de 3
a 4 ºGL e pH 4,3. Produzidas por fermentação baixa e lenta (8 a 12 dias).
Ex. deste tipo: Pilsen (Pilsener), Viena, Bock, Munique, Dortmunder

 
Matérias-primas
Água
Malte
Lúpulo
Cereais não maltados

Algumas regulamentações
-O malte de cevada poderá ser substituído por :
Arroz, Trigo, Centeio, Milho, Aveia ou Sorgo.
-A quantidade de carboidratos empregados na
elaboração de cerveja, em relação ao extrato
primitivo será:
Até 15% na cerveja clara
Até 50% na cerveja escura
Até 10% na cerveja extra
 -A cerveja poderá ser adicionada de suco e extrato de vegetal,
ou ambos, que poderão ser substituídos, total ou parcialmente,
por óleo essencial, essência natural ou destilado vegetal de sua
origem.
-A cerveja que for adicionada de suco de vegetal deverá ser
designada de "cerveja com...", acrescido do nome do vegetal.
-Quando o suco natural for substituído total ou parcialmente
pelo óleo essencial, essência natural ou destilado do vegetal de
sua origem, será designada de "cerveja sabor de..." acrescida,
do nome do vegetal.
-Na elaboração das cervejas, fica proibido o uso de:
Aromatizantes, Flavorizantes e Corantes artificiais


PROCESSO GERAL DE FABRICAÇÃO DE CERVEJAS
Apresenta quatro etapas básicas:
a) Transformação da cevada em malte
É necessário transformar o amido em açúcares mais simples;
A cevada em umidade inferior a 15ºC;
Classificação em três tamanhos, germinação uniforme;
Germinação: os grãos são submergidos por 40 a 60 horas;
Aeração: revolvimento dos grãos
Desidratação: Conteúdo de água passa de 42/45ºC para 2/3ºC;
Maltagem: aquecimento em fornos, produzindo reações entre os açúcares e proteínas, formando substâncias que influem na cor , sabor e aroma final da cerveja;
Limpeza do malte: retirada das radículas e gérmen.

b) Produção do mosto
Trituração do malte: separa casca da farinha;
Mistura malte triturado com água: maceração a temperatura elevada;
Filtragem: separa mosto do bagaço;
Caldeira de mosto (abertas): temperatura de 100ºC/ 1 a 2 horas com lúpulo;
·  Esterilização do mosto
·  Extração de substâncias amargas do lúpulo
·  evapora parte da água, melhora densidade
·  coagulação de proteínas não estáveis
·  inativação de enzimas
Eliminação do lúpulo ( peneiras);
Centrifugação: proteínas que precipitam são separadas;
Esfriamento do mosto e segue para a fermentação.

c) Fermentação e maturação
Fermentação: enquanto existir O2 no mosto a levedura se multiplica, após começa a produção de
álcool e CO2.
Há 2 tipos de leveduras cervejeiras:
·  leveduras de fundo (cerveja LAGER). Quando morre deposita-se no fundo do tanque
·  Leveduras de superfície (cerveja ALE), sobe a superfície quando termina a fermentação
Centrifugação: eliminar as leveduras, algumas ficam para produzir fermentação secundária. A
cerveja que sai da centrífuga ainda é verde, com sabor grosseiro por falta de maturação e ainda
contém açúcares que são utilizados na maturação/armazenamento.
Depósito / armazenamento : adquire sabor e aromas típicos:
* ocorre decantação, tornando-se mais brilhante
* satura-se com CO2, deve-se evitar contato com o ar, que oxida
Maturação: varia de 1 a 6 meses, com a temperatura de 0 a 2 ºC precipitando substâncias
que a torna turva. As leveduras vão morrendo e sedimentando, tornando a cerveja mais
brilhante(clara).

d) Filtração, pasteurização e engarrafamento
Após a maturação ocorre a centrifugação que elimina 99% de leveduras e depois ocorre a
filtração. A pasteurização é feita com 72 ºC/30 segundos , podendo ser antes ou depois de embalada, e
depois resfriada até 0ºC. A embalagem pode ser barris, latas ou garrafas.

CERVEJA SEM ÁLCOOL
Pode ser o mosto sem fermentar;
Produzir a cerveja normal depois retirar álcool por destilação;
CUT-BACK: passa apenas uma parte da cerveja pelo destilador e depois mistura-se com cerveja normal até obter o teor desejado.

Tecnologia e Produção de Bebidas

Nesse tópico  da série "Bebidas"  vamos apresentar alguns processos de fabricação  de Bebidas alcoólicas e Bebidas não-alcoólicas, dentre os mais consumidos.

Bebida é todo produto industrializado, destinado à ingestão humana, em estado líquido, sem finalidade medicamentosa ou terapêutica, dispõe o Regulamento da Lei nº 8.918, de 14 jul. 1994, aprovado pelo Decreto nº 2.314, de 04 set. 1997, alterado pelo Decreto nº 3.510, de 16 jun. 2000, e pelo Decreto nº 4.851, de 02 out. 2003. O referido Regulamento estabelece as normas gerais sobre registro, padronização, classificação e, ainda, inspeção e fiscalização da produção e do comércio de bebidas.

Bebidas Alcoólicas

Principais tipos de bebidas alcoólicas a serem abordados
Produção de Cerveja
Produção de Vinhos e Espumantes
Processos de Destilação Alcoólica

As bebidas alcoólicas, em geral, se diferenciam por suas propriedades, tais como suas matérias primas
e diferentes teores alcoólicos mas, todas elas têm uma origem básica comum, isto é, todas derivam de um processo bioquímico denominado fermentação alcoólica. A fermentação alcoólica é um tipo de reação química realizada pela ação de microrganismos (leveduras) sobre os açúcares, produzindo etanol e gás carbônico.

Classificação:
Fermentadas – obtidas por fermentação.
Ex:  cerveja, sidra, hidromel, fermentado de frutas (vinho) e outros
fermentados (saquê, gengibirra, torani, Kenji, pulque, mescal, etc).
Por mistura – licor, amargos e aperitivos (campari, martine),
aguardente composta (jurubeba, gengibre) e bebidas mistas
(batidas , coquetel).
Destiladas – mosto fermentado sofre destilação.
Ex: aguardente de cana (caninha), aguardente de melaço (cachaça),
rum , uísque, arac, conhaque, bagaceira, pisco, aguardente de
frutas (Kirchs, Brandy), tequila e tiquira.
Retificadas- vodca, genebra, gim, steinhaeger, aquavit, corn.

Bebidas Não-Alcoólicas

Principais tipos de bebidas não-alcoólicas a serem abordadas
Refrigerantes
Bebidas lácteas
Suco e Néctar
Energéticos
Café

Bebida não alcoólica é a bebida com graduação alcoólica até 0,5% em volume, a vinte graus Celsius. São bebidas não alcoólicas: água; água-de-coco; água tônica; chá; néctar; refresco; refrigerante; soda; suco ou sumo; xarope.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Fique por dentro! Sugestões de eventos

Pessoal, algumas dicas de eventos.
Vale a pena participar!  =D

ENAAL 2011 - 03 a 07 de julho em Cuiabá - MT. Segurança Alimentar, Desenvolvimento e Sustentabilidade

63ª Reunião anual do SBPC - 10 a 15 de julho em Goiânia - GO. Cerrado: Água, Alimento e Energia

68ª SOEAA – Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia - 27 a 30 de setembro em Florianópolis - SC e o tema é “Pesquisa e Inovação Tecnológica: Conhecimento Profissional a Serviço do Desenvolvimento Sustentável.”

Mais informações nos links:
http://www.crea-sc.org.br 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Fique por dentro: Probióticos adicionados em néctar de frutas




Uma nova maneira de agregar valor funcional: adição de culturas probióticas em néctar de diversos tipos de frutas como acerola, manga, maracujá, uva e goiaba.
Essas bactérias probióticas são microrganismos vivos que, quando consumidos, exercem efeitos benéficos sobre o corpo, sendo capazes de auxiliar o funcionamento da nossa digestão.
A agregação de valor funcional está ligada à crescente procura por alimentos que além do valor biológico natural exercem também o benefício de prevenir problemas de saúde, esses conhecidos mundialmente como alimentos funcionais!
A pesquisa avaliou a adição dessas culturas em diversos tipos de frutas e tentaram buscar os sabores que mais se adequavam às propriedades dos probióticos ao longo do tempo, tornando interessante para a indústria alimentícia adição em sucos industrializados.
Pesquisa realizada pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Confira! 

Cartilha de Boas Práticas de Fabricação em Alimentos


Segue o Link !  : )

Um pouco sobre... Aditivos Alimentares.


Você certamente já ouviu falar e muito em Aditivos Alimentares, não é?!
Esse tema ainda causa muita polêmica, vamos tentar esclarecer alguns pontos à respeito!!
Bom, a utilização de aditivos vem da necessidade de se conservar o alimento por um tempo maior,  prolongar a qualidade e as características organolépticas (sensoriais), o que já se fazia a tempos atrás através de métodos como a defumação, fermentação... O que mudou é que a cada dia a indústria se supera e cria novas substâncias que adicionadas ao alimento podem conservar,  melhorar  seus produtos e até torna-lo mais nutritivo. (Confuso?, vamos entender isso melhor?!)
O conceito de aditivos varia muito de um país para o outro assim como a legislação dos mesmos, o que pode causar conflitos na exportação dos alimentos. Para tanto, em 1962 a FAO/OMS determinaram a criação da "CODEX ALIMENTARIUS COMISSION",  Comissão do Código Alimentar, para desenvolver padrões para os alimentos.
A FAO define aditivo de alimento como "uma substância não nutritiva adicionada intencionalmente ao alimento, geralmente em quantidades pequenas para melhorar a aparência, sabor, textura e propriedades de armazenamento ".
Entretanto, certas substâncias adicionadas aos alimentos, como vitaminas e sais minerais (que possuem valor nutricional), não são consideradas aditivos apesar de serem adicionadas ao alimento também como forma de conservação, é o que chamamos "aditivos naturais"!
O uso de aditivos pode ser justificado desde que sirva a um dos seguintes propósitos:
  • Aumentar a conservação ou estabilidade, com resultante redução nas perdas de alimentos;
  • Tornar o alimento mais atrativo ao consumidor, porém sem levá-lo ao engano;
  • Fornecer condições essenciais ao processamento do alimento;
  • Aumentar o valor nutritivo.

Já nas seguintes situações não se aplica o uso de aditivos:
  • Quando houver evidência ou suspeita de toxidade real ou potencial do aditivo;
  • Quando servir para encobrir falhas no processamento e nas técnicas de manipulação do alimento;
  • Quando interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento;
  • Quando encobrir alteração da matéria-prima do produto já elaborado;
  • Quando induzir o consumidor a erro, engano ou confusão;
  • Quando não satisfazer a legislação de aditivos em alimentos.

Legislação

No Brasil, os aditivos são regulamentados pelo Decreto n° 55.871, de 26 de março de 1965 e por resoluções da CNNPA- Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos.  Para fiscalização temos o Ministério da Agricultura como responsável pela inspeção e fiscalização de bebidas e também a Anvisa (veja as legislações aqui).
De acordo com a legislação brasileira segue as seguintes classes de aditivos:

CORANTE                      
ACIDULANTE                        
AROMATIZANTE                                   
CONSERVADOR                                 
ANTIOXIDANTE                                   
ESTABILIZANTE                                     
ESPUMÍFERO E ANTIESPUMÍFERO
ESPESSANTE
EDULCORANTE
UMECTANTE E ANTIUMECTANTE

Obviamente é exigido  que o alimento que contém aditivos deve trazer na rotulagem a indicação dos aditivos utilizados, explicitamente ou em códigos, em ambos  os casos deve-se especificar a respectiva classe. 
(Fonte: Gava, Princípios de Tecnologia de Alimentos)

Na série "Um pouco sobre.. AA" vamos falar sobre as classes de aditivos e especificá-las mostrando suas aplicações e utilidades na indústria!!!

Fique por dentro: O que o Brasileiro está consumindo?!

Pesquisa Nacional Fiesp/IBOPE sobre o Perfil do Consumo de Alimentos no Brasil



O objetivo da pesquisa foi mostrar a quantas anda o consumo de alimentos dos brasileiros e o comportamento dos consumidores.
  • Quais fatores são levados em conta na hora de comprar um produto? 
  • O consumidor esta atento às informações da embalagem?? 
De acordo com os dados o consumidor esta mais atento as informações nutricionais e prefere consumir marcas conhecidas e de confiabilidade ao invés de pensar somente no preço!
Outro fato é o de que o brasileiro está consumindo mais os produtos denominados "supérfluos"  (iorgute, bolachas, bombons) do que  os básicos como o arroz. Os dados trazem ainda que alimentos congelados e semiprontos  estão em alta na atualidade pelo fator PRATICIDADE,  e que a marca dos produtos exerce  maior influencia nos produtos básicos, arroz, feijão, café...
O consumidor esta mais atento aos termos e conceitos da atualidade como: Selo de qualidade, Orgânicos, Enriquecidos, Sustentabilidade/Sustentável, Funcionais, Emissões de Carbono, Rastreabilidade, e muitos citaram que isso se deve a meios de comunicação como a televisão!
Os dados foram obtidos com base em vários fatores globais que estão presentes na atualidade, como o crescimento e envelhecimento da população no Brasil e no Mundo; aumento do poder de compra; redução do número de filhos por família; participação das mulheres no mercado de trabalho; maior acesso à informação, entre outros, o estudo avaliou  grupos de consumidores de acordo com as tendências similares às internacionais que são encontradas no Brasil :

•Sensorialidade e Prazer                    (23%)
•Conveniência e Praticidade               (34%)
•Qualidade e Confiabilidade               (23%)
•Sustentabilidade e Ética e
Saudabilidade e Bem-estar                 (21%)

Para ver a PESQUISA completa acesse o Link!

Alimentos e Saúde : PAS - Alimentos Seguros

A alimentação é a principal fonte de aquisição de energia para nós seres humanos e uma boa alimentação pode nos propiciar  boa saúde e bom funcionamento do corpo.
Para garantir que nós consumidores  tenhamos acesso à alimentos em bom estado de conservação e livre de contaminantes existem  órgãos, normas e legislações  que gerem e fiscalizam a fabricação dos alimentos  dentre os mais variados aspectos de produção, desde a aquisição da matéria-prima, passando pela produção até a comercialização.
Dentre os órgãos legisladores temos:

  • MAPA: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
  • SDA: SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA
  • DIPOA: DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
  • DOI: DIVISÃO DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS
  • ANVISA: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
  • MS: MINISTÉRIO DA SAÚDE
  • MT: MINISTÉRIO DO TRABALHO

O Programa Alimento Seguro (PAS), vem se desenvolvendo desde 1998,  quando se iniciou também o desenvolvimento de metodologias para implantação das Boas Práticas e do Sistema APPCC para o Setor Industrial. O principal  objetivo é reduzir os riscos dos alimentos a população, atuando no desenvolvimento de tecnologia, metodologia, conteúdos, formação e capacitação de técnicos para disseminar, implantar e certificar ferramentas de controle em segurança de alimentos, como as Boas Práticas  de Fabricação e o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), nas empresas integrantes da cadeia dos alimentos, em todo o país.  Com isso, o PAS contribui para:

  • Aumentar a segurança e a qualidade dos alimentos produzidos pelas empresas brasileiras, ampliando a sua competitividade nos mercados nacional e internacional;
  • Reduzir as doenças causadas aos consumidores, pela contaminação na ingestão e manipulação dos alimentos.

O enfoque do sistema APPCC está na  prevenção do problema e não na inspeção final do produto, ou seja seu objetivo é garantir boas práticas na elaboração do produto para que se possa garantir (através de documentação técnica) que aquele processo  não apresente risco à saúde do consumidor. Também garante que o produto será fabricado sempre com a mesma qualidade, obedecendo toda a metodologia operacional especificada. Podemos então descrevê-lo como um conjunto de operações já que na indústria de alimentos utilizamos de vários procedimentos a cada qual corresponde a responsabilidade de gerir uma função para que se possa cumprir as devidas normas estabelecidas, como por exemplo as higiênico-sanitárias.
Os procedimentos geralmente usados (estabelecidos pelos órgãos citados):
  • BPF - Boas  Práticas de Fabricação:
Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993 - MS
Portaria nº 326, de 30 de junho de 1997 - MS
Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997 - MAPA
Portaria nº 216, de 15 de setembro de 2004 - ANVISA
  • POP - Procedimento Operacional Padrão:
Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002 - ANVISA
  • PPHO - Procedimentos Padrão de  Higiene Operacionais:
Circular nº 272, de 22/12/1997 – DIPOA/DAS/MAPA
Resolução nº 10, de 22/05/2003 – DIPOA/MAPA
  • APPCC:
Portaria nº 40, de 20 de janeiro de 1997 - MAPA
Portaria nº 46, de 10 de fevereiro 1998 - MAPA

Há ainda algumas regulamentações  para complementar  POP's e PPHO, como o controle da potabilidade da água, descrito pelo Ministério da Saúde - Portaria nº 518, de 25 de março 2004 (tema para outro post, OK!)
Resumindo.. Perigos biológicos, químicos e físicos podem contaminar os alimentos durante sua fabricação, ferindo ou provocando doenças no consumidor bem como sérios prejuízos para a empresa. Fábricas que não mantêm padrão de qualidade perdem competitividade na venda de seus produtos. Daí a importância de se gerenciar e implantar programas que gerenciem a fabricação dos alimentos... Beneficio tanto para a empresa que não se arrisca ser pega pela inspeção, e ser multada ou interditada..  quanto para quem consume, que com certeza irá procurar empresas que respeitam a lei e prezam pela SEGURANÇA DOS ALIMENTOS!!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

A tecnologia por trás dos Alimentos

O que é Engenharia de Alimentos?

É uma área de conhecimento específica capaz de englobar todos os elementos relacionados com a industrialização de alimentos, e que pode através do profissional com esta formação, potencializar o desenvolvimento deste ramo em todos os níveis; seja na formação de profissionais, no subsidio à elaboração de políticas, nos projetos de pesquisa, na atuação dentro das empresas do setor, como na colaboração à preservação da saúde pública (normatização técnica, orientação e fiscalização).
A Engenharia de Alimentos surgiu para impulsionar o desenvolvimento e a produção dos Alimentos, área que ainda não possuía um profissional  habilitado.
Com uma base mais estruturada, e estudos voltados para o crescimento e  melhoramento na qualidade dos alimentos esse ramo da indústria tem se abrangido e criado cada vez mais tecnologias, e inovações. Praticidade tem sido o "ponto forte"  dessa revolução na indústria alimentícia, cada vez mais se tem investido no processamento de alimentos rápidos, práticos e ao mesmo tempo que conservem as características e flavours do alimento in natura.
Nosso objetivo é estar atento às novidades, trazer o que há de novo sobre os assuntos da área,  esclarecer um pouco mais sobre a Engenharia de Alimentos e trocar experiências!